sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Privata do Caribe...



Simpatia como arma. Ninguém deve imaginar Verônica parecida com o pai sisudo. Ela fala pelos cotovelos, sorri muito, usa a simpatia como arma. Nem é menina rica matando o tempo enquanto alguém toca o negócio. Dá expedientes de 11 horas, viaja até três vezes por mês ao exterior e despacha e-mails às três da madrugada. Nos finais de semana, para desgosto do marido, carrega o lap-top para casa. “Não acho que meu ritmo seja normal, mas eu adoro o que faço”, explica-se, sorrindo.

Se houvesse o Prêmio Nobel de tráfico de influência, haveria luta tremenda entre, Verônica Serra e Verônica Dantas, uma filha de Serra, a outra filha do banqueiro Daniel Dantas. Nenhuma coincidência, mas a constatação: são do outro lado.  A filha de Serra, tão elogiada, decantada de todas as formas, tinha uma empresa, que quebrou o sigilo de 60 milhões de brasileiros. (revista Carta Capital), que até hoje não recebeu nenhum desmentido).  Ela tem 41 anos e diz que já ganhou na rede mais dinheiro do que sonhava ganhar a vida inteira. Pra quem não sabe ela é uma das donas do Site de compras e vendas Mercado Livre. Por que e para quê as duas Verônicas precisavam saber os dados bancários de 60 milhões de pessoas? E mais: como a “empresária” filha de Serra ficou tão indignada com as acusações? Se antes já manipulara detalhes sigilosos de brasileiros, por que se julgava injuriada?  E o presidenciável Serra, que tanto defende a filha, não sabia de nada, como falavam sobre Lula?   E um pai tão cauteloso, previdente e autoritário, como Serra, se transforma em complacente, deixando que a própria filha seja sócia de uma filha de Daniel Dantas? Isso foi há muito tempo, o fato era tão notório, que provocava até a intervenção do presidente da Câmara, então Michel Temer.  Só que existe outra versão: quando soube da sociedade de sua filha, o mafioso banqueiro Daniel Dantas advertiu sua filha: 

“Cuidado, ela é filha do Serra”.

Caricatura: João de Deus Netto - JenipapoNews

Fontes:

VERÔNICA SERRA – Doutorado em Harvad a serviço do mal:

VERÔNICA SÓCIA DA FILHA DO BANQUEIRO DANIEL DANTAS EM PARAÍSO FISCAL DOCARIBE

VERÔNICA SERRA DONA DO SITE MERCADO LIVRE  http://people.forbes.com/profile/veronica-allende-serra/52688

AS TRAPAÇAS DO SITE DA FILHA DO SERRA

Então, é Natal...! "Privataria" lembrou Panetone do sócio em Brasília...



Chegou o presente de Natal que a tucanada mais temia.

A CartaCapital  traz na capa o livro  que há mais de um ano vem fazendo os mais ilustres tucanos roerem as bem tratadas unhas.

A Privataria Tucana, a reportagem de Amaury Ribeiro que se transformou, ela própria, em notícia, vai aos porões dos anos infames do Governo FHC, onde o patrimônio do povo brasileiro migrou para mãos privadas, deixando grossos pingos de sujeira que a nossa zelosa imprensa nunca quis ver.

LIVRO “A PRIVATARIA TUCANA” NASCEU DO PEDIDO DE AÉCIO NEVES PARA QUE O JORNAL ESTADO DE MINAS INVESTIGASSE O RIVAL JOSÉ SERRA; ESCRITO PELO JORNALISTA INVESTIGATIVO AMAURY RIBEIRO JÚNIOR, O LIVRO TRAZ REVELAÇÕES IMPORTANTES SOBRE COMO O EX-GOVERNADOR PAULISTA, SEUS OPERADORES, SEU GENRO E ATÉ SUA PRÓPRIA FILHA ENRIQUECERAM COM A VENDA DE ESTATAIS

Derrotado na disputa à Presidência da República, José Serra gastou boa parte da campanha eleitoral de 2010 resmungando contra “espiões” que estariam bisbilhotando a vida de sua filha Verônica. A imprensa do PIG fez estardalhaço.
Na verdade, o então governador paulista contratou, sem licitação, por meio da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), a empresa Fence Consultoria Empresarial. A Fence é propriedade do EX-AGENTE DO SNI - Serviço Nacional de Informações (SNI), o legendário coronel reformado do Exército Ênio Gomes Fontelle, 73 anos, conhecido na comunidade de informações como “Doutor Escuta”.
A empresa do “Doutor Escuta” foi contratada por R$ 858 MIL POR ANO  “mais extras emergenciais” — pagos pelo contribuinte — no dia 10 de julho de 2008. Vale lembrar que nessa época a vida particular do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves estava sendo espreitada por arapongas no Rio de Janeiro, onde a Fence está sediada. Talvez isso explique por que a Prodesp tenha invocado “inelegibilidade” para contratar a empresa do araponga sem licitação.


Leia mais sobre Privataria Tucana

Sob as Ordens de Bill Clinton (EUA)...

(clique e amplie)


COMO O LIVRO DO AMAURI LEVA FERNANDO HENRIQUE PARA A CADEIA


Como diz o Amaury Robeiro Junior, no “Epílogo” de “A Privataria Tucana”:

No México, o presidente Carlos Salinas de Gortari, santo padroeiro das privatizações (ele entregou o México ao Slim) fugiu para Nova York num jatinho.

O presidente da Bolívia, Gonzalo Sánchez Lozada, que entregou até a água do país, fugiu para Miami aos gritos de “ assassino !”.

Fujimori, o campeão das privatizações peruanas, admitiu pagar propinas ou “briberization” – expressão do Joseph Stiglitz, que o Amaury gosta de usar – no valor de US$ 15 milhões.

Na Argentina, ninguém, mais fala “Menem”.

Quando é para se referir ao herói da privatização argentina, “el saqueo”, o presidente Carlos Menem, se diz “Mendéz”, para não dar azar.

Menem fugiu para o Chile atrás de uma starlet e voltou para a Argentina munido de um mandato de Senador, para não ir em cana.

Aqui, levam o Fernando Henrique a sério.

Cerra, Ministro do Planejamento, e o Farol de Alexandria presidiram à maior roubalheira das privatizações latino-americanas.

Não há o que se compare !

O Daniel Dantas lavou e deslavou dinheiro.

O Carlos Jereissati e Sergio Andrade compraram a Telemar com ajuda de uma “briberization” ao Ricardo Sérgio.

A Vale também teve “briberization”, ofertada ao mesmo chefe da Tesouraria das campanhas de Çerra e Fernando Henrique.

O Ricardo Sergio lavou, deslavou, cuidou da filha do Cerra e do genro do Çerra.

O Farol de Alexandria (FHC) entra no diálogo com o André Lara Rezende a tramar um lance da privatização.

Entre o Ministério das Comunicações e o BNDES entrava consorcio por uma porta, saía outro pela outra, entrava a Previ por um lado, o dinheiro do Banco Brasil por outro, a Elena saía por uma porta, o Arida entrava pela outra – tudo no limite da “irresponsabilidade !”.

“Se der m …”

Com o Amaury, deu, amigo navegante !

Deu “m…”

Roubaram em todos os tempos e modos, diria o Vieira.

Segundo o Aloysio Biondi, que analisou o papel das “moedas podres” e dos empréstimos do Mendonção no BNDES, O BRASIL DO FHC E DO ÇERRA PAGOU, PAGOU PARA VENDER AS EMPRESAS ESTATAIS.

O Amaury cita o Bresser Pereira: “só um bobo dá a estrangeiros serviços públicos como as telefonias fixas e móveis”.

“Um bobo ou esperto”, ponderou o Amaury.

Espertíssimo !

O Delfim costuma dizer que o Çerra e o FHC “venderam o patrimônio e endividaram o país !”.

Dois jenios !

E espertos !

(Para dizer pouco !, não é isso Rioli, Preciado ?)

E o FHC com isso ?

Nada ?

Presidiu a roubalheira e não vai parar na Justiça ?

Todo mundo roubava e ele ali, a ler Max Weber

A roubalheira no primeiro andar e ele na cobertura a tomar vinho francês.

O Fujimori na cadeia, o Sanchez Lozada em Miami, o Salinas escondido num bunker na cidade do México, o Mendéz refugiado no Senado, e o Farol de Alexandria no Roda Morta (programa da TV Cultura de Sampa) e a pregar a Moralidade !

Como é que é Zé (clique aqui para ler como os amigos do Dantas se referem ao Zé, com carinho e afeto) ?

E o brindeiro Gurgel: vai encarar o FHC ?

Ele não sabia de nada, brindeiro ?

O pau comia solto lá embaixo e ele ouvia Wagner !

Viva o Brasil !

(Só o Visconti …)


Paulo Henrique Amorim

domingo, 4 de dezembro de 2011

Artigo do Sócrates



Paixão platônica pelo poder

Há pouco tempo, resolvi visitar novamente o Cristo Redentor. Depois que se tornou uma das modernas maravilhas da humanidade, havia mais um motivo para que eu, caso tivesse oportunidade, não deixasse de dar um pulo até lá. E mais uma vez não me arrependi, apesar das dificuldades de acesso e da falta de infraestrutura, pois lá de cima dá para ver boa parte do Rio de Janeiro. E que beleza! Não suportei só olhar aquela maravilha e saquei da minha filmadora, para que aquela visão se eternizasse. Entretanto, em poucos minutos, fui abordado (termo muito feio, mas perfeitamente adequado à forma com que fui questionado) por alguém da diocese, logo seguido pelo bispo, padre ou o cargo que possua quem por ali se encontrava. Naquele instante, começava uma espécie de bênção coletiva (havia, como de praxe, muita gente por lá). Arguiram-me sobre o que chamavam de direitos de imagem do Cristo. Isto é, se eu havia pago os direitos do Cristo. Direito de imagem de uma imagem? Que absurdo, pensei. Nunca imaginei que existisse algo semelhante, mas não discuti muito. Afinal, neste- país- de absurdos, todo absurdo é passível de acontecer.


Enquanto descia às gargalhadas a escada para me afastar de tudo aquilo, passei a imaginar: e se a bela imagem do Redentor fosse administrada por quem está no comando do nosso futebol? Poderia ser pior. Como? Bem, a primeira coisa que eles fariam, imagino, seria hipotecar a imagem. Uma forma rápida e segura de captar recursos para realizar vários eventos nos mais variados endereços, como boates, inferninhos ou restaurantes de grife, ou para comprar imóveis que abrigariam as suas crendices. O entorno (o morro e adjacências) seria anexado à sede e, provavelmente, loteado por muitos milhões cada lote, não necessariamente nesta ordem. Tentariam construir um estádio, desde que o BNDES bancasse, é claro.

O olhar estaria no Vaticano do futebol que é a sede da Fifa; um sonho e uma paixão platônica de poder. Inventariam uma competição com a participação de localidades que também possuam uma imagem semelhante, cobrando bem de todos os pretendentes. E assim por diante. Se aproximariam também dos poderes constituídos para eventuais benesses extras. Mas sem utilizar a fé como matéria-prima, porque aí seria demais. Basta o amor pelo esporte para hipnotizar desavisados. Eles não são de brincadeira, não. Costuram, caseiam para depois vender o que quer que seja em qualquer feira popular. Que me desculpem as feiras livres em tê-las citado juntamente a esses personagens que, como diria Frejat: “Por você, eu ficaria rico em um dia”. Nada mais parecido com eles.





Publicado na revista Carta Capital onde o doutor Sócrates Brasileiro era colunista.


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