sexta-feira, 20 de maio de 2011

O tempo é o senhor da história...

(clique na ilustração)
Jorge Bornhausen

“Temos que nos livrar desta raça do PT por 30 anos!” 
Numa declaração que combinava um ódio de classe muito enraizado e a xenofobia que não é comum à cultura de nosso país.
Por: Altamiro Borges
Na crise política que se arrastava no país, sinistros personagens tinham conquistado os holofotes da mídia por sua postura raivosa e golpista. Entre eles, destacava-se o senador Jorge Bornhausen, presidente do então PFL. Quando a tensão atingiu o seu ápice, ele festejou a possibilidade do impeachment do presidente Lula e da derrota das esquerdas para uma platéia de ricaços em São Paulo: "Vamos nos livrar dessa raça por uns 30 anos". Rechaçado pela declaração racista, o notório reacionário tentou remendá-la. Na seqüência, diante dos cartazes espalhados em Brasília com sua foto sobreposta a uma imagem nazista, ele teve um chilique e esbanjou histeria, relembrando seus velhos tempos de serviçal da ditadura militar.
Mas o senador Jorge Konder Bornhausen não está com esta bola toda! Como desabafou o presidente Lula, irritado com os hidrófobos do PFL, "eles não têm moral para criticar". Na vida política, o senador sempre esteve a serviço das piores causas. Ele iniciou sua carreira na UDN, partido da elite, com roupagem moralista, conhecido pelas ações golpistas contra Getúlio Vargas e João Goulart. Após o golpe de 1964, foi um dos líderes da Arena, partido da ditadura, da tortura e dos assassinatos, sendo presenteado com o posto de governador biônico de Santa Catarina. Com a redemocratização, fundou o PFL e ajudou a forjar a imagem de Fernando Collor de Mello. Defendeu este governante corrupto até o seu impeachment.
No triste reinado de FHC, Bornhausen foi um de seus principais ministros e ajudou no nocivo processo de privataria do Estado e de desmonte do Brasil.
Em junho de 2003, os procuradores Luiz Francisco de Souza, Raquel Branquinho e Valquíria Quixadá entregaram à Receita Federal cerca de seis mil documentos sobre 52 mil pessoas que lavaram US$ 30 bilhões nos EUA a partir do Banestado de Foz do Iguaçu. O maior foco de investigações recaiu sobre "a família do sr. Jorge Bornhausen, do PFL, cujo banco familiar, o Araucária, lavou ao menos US$ 5 bilhões nesse esquema, que envolvia dinheiro de traficantes, de doleiros, mas sobretudo das sobras de campanhas eleitorais" .
Todos estas graves denúncias, infelizmente, não fluíram no conciliador governo Lula. Elas bem que 
poderiam desmascarar muitos dos que hoje pousam de políticos honestos e esbanjam arrogância.

PROFETA LULA

O último dos dinossauros, aquele que queria acabar com a raça do PT, mordeu o próprio rabo e se envenenou. E a profecia se fez realidade: “Precisamos extirpar o DEMo da política brasileira”, discursou Lula em 13/09/2010, em Joinville, SC. Na terra dos Bornhausen, Lula previu o previsível. Não demorou um ano e o DEM está se desintegrando: BORNHAUSEN ACABOU COM A RAÇA DO DEMO.

OS SÓRDIDOS ACONTECIMENTOS DA VIDA POLÍTICA DOS “BORNHAUSEN” VOCÊ ENCONTRA AQUI


LUIZ CARLOS PRATES – TUDO NOVO!!!!


Luiz Carlos Prates, contratado pelo SBT Santa Catarina em janeiro, ampliou seu espaço na programação da emissora.



DITADURA? MASSACRE REALENGO

domingo, 15 de maio de 2011

KIT GAY - Apologia ou Preconceito?



Toda força a nossos gays mirins
Ivan Lessa
Colunista brasileiro da BBC de Londres, para o Brasil
Não sou homem de abaixo-assinados. Assinei alguns, só de birra, e, em seguida, abaixei a cabeça e moitei. Toda ação comum me desestimula. Nelas não acredito. Que me apontem um abaixo-assinado que tenha funcionado no Brasil. Isso. Não tem. Pensei que deles estivesse livre.
Um veio me pegar aqui numa Londres onde apenas 35% das petições públicas chegam aos olhos e ouvidos das pessoas que decidem essas coisas – e olha que já é muito.
Nosso abaixo-assinado, e que me atingiu no meio da testa, vai logo dizendo a que veio e a quantas as coisas andam: “Somos contra o maior escândalo deste país, o KIT GAY (sic)” e é destinado à presidente da República Federativa do Brasil; Congresso Nacional do Brasil; Supremo Tribunal Federal e Assembleias Legislativas.
Quem redigiu o documento foi direto ao assunto. Lá está e limito-me a copiar:
“Somos contra o maior escândalo deste país, o KIT GAY (sic). Não aceitamos que nossas crianças de 7,8,9 e 10 anos recebam esse tal de KIT GAY. Neste KIT GAY há 2 vídeos com o título Contra a Homofobia, mas na verdade nesses vídeos contém mensagens subliminares para as nossas crianças, induzindo-as à homossexualidade. Uma coisa é preconceito... Outra coisa é fazer apologia ao homossexualismo!!!”
O português é meio maroto, mas o recado é dado de bate-pronto. Na linha seguinte, o documento acusa o Kit Gay (deixaram de lado as maiúsculas escandalosas. Por quê?) de estímulo ao homossexualismo e incentivo à promiscuidade e à confusão de discernimento da criança sobre o conceito de família. Que família, “seu”? A garotada envolvida está no banheiro do colégio.
Prossegue o texto, citando como fonte não Julian Assange (que fim levou?) mas o Jornal da Câmara dos Deputados. Ao que parece, o primeiro vídeo mostra um garoto de 14 anos chamado Ricardo que, certa hora, vai ao banheiro urinar. Enquanto urina, Ricardo dá uma olhada para o lado e vê o pênis de seu amigo e se apaixona pelo garoto. Ao retornar para a sala de aula, a professora da classe chama o menino pelo seu nome (Ricardo), que é quando o mesmo cerra seus lábios, pois, segundo diz, em alto e bom som, que quer ser chamado de “Bianca”.
Algumas ponderações: Ricardo, ou “Bianca”, descobriu sua porção homossexual em questão de minutos talvez, nem mesmo chegando a buscar um nom de guerre mais original. Mais: como era o nome da professora? E do amigo cujo piu-piu mudou a vida de Ricardo/”Bianca”? Muito importante: o que havia de especial na troncha do amigo da mijadinha escolar? E ainda: terá a professora exclamado para seus botões, “Bianca! Audácia do jovem bofe!”
No outro vídeo (consta que o diretor de ambos optou pela anonimidade), duas meninas lésbicas de aproximadamente 13 anos (como é que a petição sabe? Idade de mulher ou menina engana muito) serve de exemplar para outras (colegas? Lésbicas também? Heterossexuais? Que colégio é esse?). O vídeo mostra, e não sei como, a profundidade que a língua de uma menina deve entrar na boca da outra no decorrer do que já foi chamado de “ósculo sáfico”. Ouvi em algum lugar que, se der jeito e havendo condição, o ideal é 8cm. Mas capaz de ser exagero do pessoal.
O abaixo-assinado frisa que os vídeos (ou Kit Gay) já se encontram em fase de licitação (sempre um mau sinal) para serem distribuídos em todas as escolas estaduais e municipais de todo – conforme chamam – PAÍS. E finaliza o documento: “Uma coisa é preconceito, outra coisa é APOLOGIA AO HOMOSSEXUALISMO.” (Ei, abaixo-assinado, é DO e não AO. Ninguém aí foi ao colégio? Nem para fazer pipi ao lado do amigo anônimo do Ricardinho?)
Não assinei por uma questão de princípio e de fim também. Nem o garoto nem as meninas me parecem críveis e a professora não pode ser mais incompetente. Sem falar do fato que há um questionário com 6 quesitos a serem preenchidos.
Mas tenho uma sugestão. Dar à garotada que está jogando no outro time, por sinal cada vez mais o time de cá, nomes mais apropriados, como se faz com casal de bonecas, Ken e Barbie, por aí. Poderia ser Kit Gay (o guri) e Kitty Gay.


André Lázaro, Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Adversidade do MEC,  e autor do projeto do tal Kit Gay.


Logomarca do Projeto "Educacional"

OS VÍDEOS:

ENCONTRANDO "BIANCA"

TORPEDO


PROBALIDADE
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