quinta-feira, 21 de abril de 2011

Prêmio Pulitzer...

(clique para ampliar)

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." Joseph Pulitzer (1847-1911)

Caio Blinder
Eu sou um jornalista judeu que escreve para um jornal judaico. Como resistir a um assunto como a biografia de um jornalista judeu? Joseph Pulitzer foi um dos grandes (basta ver que o maior prêmio americano de jornalismo leva o seu nome). Ele foi um homem do jornal diário, das rotativas. E esta nova biografia escrita por James McGrath Morris ("Pulitzer") é pertinente, pois, infelizmente, estamos testemunhando a morte de um estilo de publicação jornalística que teve Pulitzer como inventor: o grande jornal diário e urbano, que todo mundo lia, do político à dona-de-casa.

Com o "New York World", Pulitzer revolucionou o jornalismo com sua mistura de reportagens investigativas, editoriais candentes, crimes sensacionais, histórias de interesse humano e um visual mais atraente. Ele não apenas registrava a história, mas a fazia. Ao lado do seu grande rival, William Randolph Hearst (o Cidadão Kane, do filme de Orson Welles), Pulitzer liderou a carga da imprensa para os EUA entrarem na guerra contra a Espanha em 1898.

Pulitzer tinha a ambição, o destemor e o sonho de fazer a América de legiões de imigrantes. Nascido em 1847, era um judeu húngaro que chegou aos EUA aos 17 anos, sem um tostão ou uma palavra de inglês. Sua primeira língua era o alemão e foi junto à comunidade de imigrantes alemães na cidade de St. Louis, no meio-oeste americano, que Pulitzer impulsionou sua carreira política e jornalística.

Ele não nascera pobre, mas fora reduzido à miséria com a morte do pai quando tinha 11 anos. Antes, como tantos judeus de classe média no Império Austro-Húngaro, os Pulitzers abraçaram com entusiasmo o judaísmo reformista, assimilacionista. Na biografia, Morris escreve que, quando Joseph Pulitzer atingiu a adolescência, "ser judeu permanecia parte de sua vida, mas não mais o centro dela".

Com sua ascensão social, o judaísmo simplesmente foi marginalizado, até escondido. De St. Louis, Pulitzer queria saltar para Nova York, capital dos negócios e da imprensa. O casamento foi com Kate Davis, em uma igreja episcopal. Pulitzer até encorajou o rumor de que sua mãe nem era judia.

Sua origem judaica, no entanto, era conhecida e, portanto, devidamente usada por inimigos e antissemitas. Ele era chamado de "Jewseph Pulitzer", e ênfase era dada à sua "protuberância nasal". Ao morrer em 1911, o sonho americano se convertera em pesadelo. A vida pessoal era infeliz. Pulitzer se notabilizara por ser uma pessoa tirânica e a menina dos seus olhos, o "World", faliu em 1931, mais uma vítima da Grande Depressão. O rival Hearst é lembrado pelo Cidadão Kane, e Pulitzer, pelo prêmio cívico de jornalismo com o seu nome.

Conheça:  Pulitzer Prize
Caricatura - João de Deus NETTO

domingo, 17 de abril de 2011

Mau Dia, Brasil!


APOCALIPSE, JÁ!!!

A escatológica porta-voz do fim do Brasil como nação, ainda continua calada a respeito de uma das suas “abalizadas” opiniões sobre a ingerência do supremo Gilmar Mendes (cria do FHC) numa empresa privada do banqueiro Daniel Dantas. Aliás, a “urubóloga” (blogs imundos!) discorre e faz previsões precisas até sobre o acelerador de partículas que ela diz que tem a finalidade de descobrir como Fernando Henrique criou o Universo.

Não acerta uma...

Recentemente, Leitão teceu críticas ao governo Dilma, porque o governo federal, como legítimo acionista da mineradora Vale, se interessou pelo destino da empresa, participando da escolha do sucessor de Roger Agnelli, o queridinho da imprensa golpista desde 2001, quando a Vale foi presenteada pela privataria FHC/que diz que foi o Serra/que diz que nem tinha nascido.

Pois bem. Em 2002, aconteceu algo muito mais surreal, conforme foi publicado na revista da Globo - Época revela que a AGU, sob Gilmar Mendes, advogou para Daniel Dantas.

O governo FHC privatizou as empresas de telefonia em 1998, seguindo a cartilha neoliberal de destruição do Estado brasileiro, alegando que não deveria atuar onde a iniciativa privada tivesse interesse.

Mas, em 2002, sob a batuta do então advogado geral da União, Gilmar Mendes (ELE MESMO, o mercador de habeas corpus!), a Advocacia Geral da União (AGU), sustentada com dinheiro público para atuar em causas públicas, resolveu prestar assistência advocatícia em uma causa do interesse do banco Opportunity de Daniel Dantas, em uma disputa societária exclusivamente privada na Telemig, uma empresa privatizada, que FHC dizia não ser da alçada do governo.

Diferente da mineradora Vale, onde o governo é grande acionista por intermédio do BNDES, a disputa na Telemig era entre dois grupos privados: o Opportunity contra o grupo canadense ITW.

E agora? O que tem a dizer Miriam Leitão?

Péssima na pontaria...

Vamos para a matéria "Risco financeiro continua alto, diz FMI" do dia 14/04/2011, no Estadão. Nela, há um quadro intitulado "O peso da dívida pública". Vejamos os dados que ele traz (dívida pública bruta como porcentagem do PIB):
  • EUA - 91,6% (2010) para 111,9% (2016);
  • Itália - 119% para 118%;
  • Japão - 220,3% para 250,5%;
  • Reino Unido - 77,2% para 81,3%;
  • França - 81,8% para 84,1%;
  • Alemanha - 80,0% para 71,9
  • Portugal - 83,3% para 106,5%;
  • Grécia - 142,0% para 145,5%;
  •  Brasil  - 66,1% para 58,6%!!! - Até hoje esperam pela tsunami/terremoto que "vai destruir o Brasil".
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