quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A "Dilma" da Dilma...


MIRIAM BELCHIOR


Em 2004, o então ministro José Dirceu perdeu a articulação política do governo para Aldo Rabelo. No ano seguinte, perde o próprio cargo de ministro.

Na época, falava-se em Aloísio Mercadante ou Jorge Vianna para a Casa Civil.

Se Lula preferisse alguém de perfil puramente técnico, a candidata natural seria a assessora especial Miriam Belchior.

Ela já fazia o papel de centralizar o gerenciamento do governo, já que Dirceu continuava desempenhando missões políticas, e presidia diversas câmaras de trabalho do Planalto.

A nomeada acabou sendo Dilma Rousseff.

Agora chegou a vez de Miriam.

"Se achavam que a Dilma era dura, agora vocês vão ver quem é a Miriam, que vai ser ainda mais dura para cobrar obras do PAC", alertou Lula.

Caricatura: João de Deus Netto/JenipapoNews

SAIBA MAIS: WikiLeaks/Anthony/Palocci

TONY PALOCCI

Quer dizer, então, que, depois do Nelson Johnbim, temos agora o ministro Tony Palocci. Dois que espinafram a política externa brasileira para autoridades americanas.

Papelão, hein ?

Como o Celso Amorim deve ter sofrido, nas mãos do Tony e do Johnbim. A ALCA, como se sabe, foi uma tentativa americana de unir as Américas, sob a liderança americana. Era a criação de um Commonwealth do Império Americano. A tentativa começou com Bush, o pai, tomou outro formato com Clinton/FHC, e Bush, o filho, tentou ressuscitá-la.

O principal objetivo sempre foi botar o Brasilo maior país da América Latina – debaixo do guarda-chuva americano. Outro grande da America Latina, o México, já estava devidamente abrigado sob o guarda-chuva do Nafta.

E deu no que deu.

O PiG e a elite branca se excitaram com a idéia de aderir à ALCA e oficializar a volta do Brazil à condição de colônia com que sempre sonharam.

Lula resistiu.

Celso Amorim comeu o pão que o diabo amassou nos editoriais coloniais do jornal Estadão.

Caricatura: João de Deus Netto/JenipapoNews

SAIBA MAIS: WikiLeaks/Nelson Johnbim


Nelson Johnbim é ministro da Defesa (dos EUA)

O ministro da defesa (dos EUA) espinafra a política externa do Brasil, num almoço com o embaixador americano, e reforça a impressão do embaixador de que o Itamaraty é antinorte-americano. Jobim é textual: a política externa brasileira tem “inclinação anti-norte-americana”. Mas o próprio embaixador se assusta com o aliado Jobim: acha que se trata de um Ministro da Defesa “inusualmente” enxerido: mete o bedelho onde não deve.

Aquele que deveria promover a defesa dos interesses nacionais brasileiros critica a política externa do Brasil e “dá a ficha” de um colega ministro, o embaixador Samuel Pinto Guimarães, que foi vice-ministro das Relações Exteriores: é alguém que “odeia os Estados Unidos”.

Lula sai de um encontro com Evo Morales, presidente da Bolívia, em La Paz. E conta a Jobim (teoricamente Ministro da Defesa do Brasil) que o presidente boliviano tem um tumor muito grave na cabeça.

E ele, Lula, tinha oferecido a Morales vir ao Brasil se tratar. O que faz o ministro da defesa (dos EUA)? Passa essa valiosíssima informação ao embaixador dos Estados Unidos, país que vive às turras com Morales e a Bolívia. Neste mesmo fim de semana, o New York Times, a propósito do Wikileaks, tratou da conversão a “espião” dos diplomatas americanos.

Trocaram em muitos casos a diplomacia pela reles espionagem. O que é um erro, segundo o editorial do New York Times: Os embaixadores americanos são agora convocados a obter o número do cartão de credito e dos cartões de milhagem de funcionários estrangeiros. “Isso é coisa para espião”, diz o New York Times e, não, para diplomata.

Durante muitos anos, o ministro serrista Nelson Jobim dividiu o apartamento funcional em Brasília com seu fraternal amigo Padim Pade Cerra. Jobim foi ministro de Fernando Henrique e por ele conduzido ao Supremo Tribunal Federal.

É um trio: Jobim, Padim Cerra e FHC.

E os três adoram os Estados Unidos

Paulo Henrique Amorim
Caricatura: João de Deus Netto/JenipapoNews

SAIBA MAIS: José Eduardo Cardozo...

Por Paulo Henrique Amorim

Há no passado de Cardozo uma zona cinzenta: a que encobre a compra da empresa de telecomunicação do Rio Grande do Sul por Daniel Dantas, nos "porões da privataria", como diz o Amaury Ribeiro Jr.

Depois, houve o inesquecível jantar árabe (?) na casa do então senador Heráclito Fortes, líder da Bancada Dantas. Daniel Dantas promoveu o jantar para dizer pessoalmente ao Ministro Thomaz Bastos que não era o autor da reportagem de Marcio Aith – assessor de Serra – com a conta secreta de Lula num paraíso fiscal. (Depois a própria Veja confessou que ele, Dantas, escreveu a chamada reportagem a quatro mãos com Aith.) Quem estava no jantar, para referendar o rega-bofe sinistro? O deputado Cardozo! Por que o Heráclito chamou o Cardozo? Por que não chamou a Luiza Erundina? O deputado Walter Pinheiro, agora Senador pela Bahia, e que também entende de Comunicação, como a Erundina?

Por que logo o Cardozo?

Quando o Conversa Afiada disse que Cardozo nomearia Dantas Diretor Geral da Policia Federal, Cardozo me procurou na Câmara dos Deputados. Reclamou, reclamou. Este ordinário blogueiro explicou, como agora, por que tinha dito aquilo.

Cardozo ficou de mandar uma nota de esclarecimento. Não chegou até hoje. Ah!, esse Correio!"

Caricatura: João de Deus Netto/JenipapoNews

O dono do Brasil...


DANIEL DANTAS

Por Pierre Lucena

Durante a entrevista que fizemos com o Presidente Lula, optei por questioná-lo a respeito da saída do Delegado Paulo Lacerda da ABIN, e sobre a Operação Satiagraha. Esta foi a pergunta que mais embaraçou o Presidente Lula, provavelmente porque não teria o que responder.
Na sua resposta, ele prometeu que a Operação Satiagraha começaria e acabaria no seu Governo. Acabou o seu mandato e nada sobre o fim da Satiagraha. Estou aqui apenas cobrando o que me foi prometido.
E Daniel Dantas sorri como nunca, depois de saber que José Eduardo Cardozo foi indicado Ministro da Justiça. Segundo Paulo Henrique Amorim, Cardozo indiretamente teria ajudado Dantas na Operação com os italianos.
Só uma pessoa em Pindorama atravessou mais Governos que Sarney: Daniel Dantas. Começou com Collor, que o convidou para ser Ministro, estreitou laços com o Governo FHC, se infiltrou no Governo Lula, e agora mantém seus tentáculos no Governo Dilma, através de Palocci e Cardozo.
Esse sim é o verdadeiro Dono do Brasil.

Pierre Lucena - blog Acerto de Contas
Caricatura: João de Deus Netto/Jenipaponews

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