quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

"Suicidado pela Ditadura"...


Vlado Herzog passou a assinar "Vladimir" por considerar seu nome muito exótico nos trópicos. Nos porões da ditadura militar, em 25 de outubro de 1975, foi torturado até a morte por asfixia o jornalista Vladimir Herzog. Tornando-se um símbolo da luta contra a ditadura militar no Brasil.

Nascido na cidade de Osijek, em 1937, na Iugoslávia (atual Croácia), filho de um casal Judeu: Zigmund e Zora Herzog.Fugindo do controle que havia na seu país pela Alemanha Nazista e pela Itália Fascista, o casal decidiu emigrar, com o filho, para o Brasil, na década de 1940.

Herzog formou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo em 1959. Depois de formado, trabalhou em diversos órgãos de imprensa no país, notavelmente no O Estado de S. Paulo. Nessa época, resolveu passar a assinar "Vladimir" ao invés de "Vlado" (seu nome de batismo) pois acreditava que seu nome verdadeiro soava um tanto exótico no Brasil. Vladimir também trabalhou por três anos na BBC de Londres.

Na década de 1970, assumiu a direção do departamento de telejornalismo da TV Cultura, de São Paulo. Também foi professor da Escola de Comunicações e Artes da USP e, nessa época, também atuou como dramaturgo, envolvido com intelectuais de teatro. Em sua maturidade, Vladimir passou a atuar politicamente no movimento de resistência contra a ditadura militar no Brasil de 1964-1985, como também no Partido Comunista Brasileiro.

Em 24 de outubro de 1975 — época em que Herzog já era diretor de jornalismo da TV Cultura — agentes do II Exército convocaram Vladimir para prestar depoimento sobre ligações que ele mantinha com o Partido Comunista Brasileiro (que era proibido pela ditadura).

No dia seguinte, Herzog compareceu ao pedido. No entanto, o depoimento de Herzog foi dado por meio de uma sessão de tortura. Ele estava preso com mais dois jornalistas, George Benigno Duque Estrada e Rodolfo Konder, que confirmaram o espancamento.

No dia seguinte, 25 de Outubro, Vladimir foi encontrado enforcado com a gravata de sua própria roupa. Embora a causa oficial do óbito, divulgada pelo governo ditatorial da época, seja suicídio por enforcamento, há consenso na sociedade brasileira de que ela resultou de tortura, com suspeição sobre servidores do DOI-CODI, que teriam posto o corpo na posição encontrada, pois as fotos exibidas mostram Vlado enforcado.

Fonte: Pesquisas internet - Instituto Vladimir Herzog

2 comentários:

Walney Batista disse...

Olá,estou começando um trabalho e gostaria que você também mim seguisse no blog do Walney Batista,sua presença só enriquecer ainda mais minha página.De já agradeço e um abraço.

Netto disse...

Ok, Walney, vamos nessa!!!!

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