quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

POR QUE QUEREM DERRUBAR A JUÍZA CALMON?


Cezar Peluso “deus” do STF que recebeu R$ 700 mil do Tribunal de Justiça de São Paulo, defende ministro Lewandowski do STF que também recebeu.


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, fez uma nota para defender a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que suspendeu inspeção feita pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na folha de pagamento do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Lewandowski recebeu pagamentos sob investigação, feitos a todos os desembargadores da corte por conta de um passivo trabalhista da década de 90.
O próprio ministro Peluso, que, como Lewandowski, foi desembargador do TJ paulista, recebeu recursos desse passivo.
Ele recebeu R$ 700 mil, de acordo com a própria assessoria do presidente do Supremo.

Peluso considera que, apesar dos recebimentos, nem ele nem Lewandowski estão impedidos de julgar ações sobre o tema porque os ministros do STF não se sujeitam ao CNJ.
Portanto, não seria possível falar que agem em causa própria ou que estão impedidos quando julgam a legalidade de iniciativas daquele órgão, já que não estão submetidos a ele, e sim o contrário, de acordo com a Constituição e com decisão do próprio STF.
A corregedoria do CNJ iniciou em novembro uma devassa no Tribunal de Justiça de São Paulo para investigar pagamentos que magistrados teriam recebido indevidamente junto com seus salários e examinar a evolução patrimonial de alguns deles, que seria incompatível com sua renda.
Um dos pagamentos que estão sendo examinados é associado à pendência salarial da década de 90, quando o auxílio moradia que era pago apenas a deputados e senadores foi estendido a magistrados de todo o país.
Em São Paulo, 17 desembargadores receberam pagamentos individuais de quase R$ 1 milhão de uma só vez, e na frente de outros juízes que também tinham direito a diferenças salariais.
Tanto Peluso quanto Lewandowski dizem ter recebido menos do que esse valor.
Lewandowski afirmou por meio de sua assessoria, que se lembra de ter recebido seu dinheiro em parcelas, como todos os outros.


O ministro disse que o próprio STF reconheceu que os desembargadores tinham direito à verba, que é declarada no Imposto de Renda. Ele afirmou que não entende a polêmica pois não há nada de irregular no recebimento.
A corregedoria tem deixado claro desde o início das inspeções que não está investigando ministros do STF, e sim procedimentos dos tribunais no pagamento dos passivos da década de 90. Ou seja, quem está sob investigação são os tribunais, e não os magistrados, que eventualmente se beneficiaram dos pagamentos.
O órgão afirmou ontem ainda, por meio de nota, que não quebrou o sigilo dos juízes e informou que em suas inspeções "deve ter acesso aos dados relativos à declarações de bens e à folha de pagamento, como órgão de controle, assim como tem acesso o próprio tribunal". Disse também que as informações coletadas nunca foram divulgadas.
No caso de São Paulo, a decisão do Supremo de esvaziar os poderes do CNJ suspendeu investigações sobre o patrimônio de cerca de 70 pessoas, incluindo juízes e servidores do Tribunal de Justiça.
Liminar concedida anteontem pelo ministro Marco Aurélio Mello impede que o conselho investigue juízes antes que os tribunais onde eles atuam analisem sua conduta --o que, na prática, suspendeu todas as apurações abertas por iniciativa do CNJ.
No caso de São Paulo, a equipe do conselho havia começado a cruzar dados da folha de pagamento do tribunal com as declarações de renda dos juízes. O trabalho foi paralisado ontem.

Fontes: Mazelas do Judiciário – Limpinho Cheiroso – Conversa Afiada – Viomundo – Esquerdopata - Cloaca News - Estadão - Revista Contigo - Folha de São Paulo... Por que estas roupas de Dráculas?

Eliana Calmon, a Rebelde de Toga...


Maria Cristina Fernandes - no Valor Econômico
Sabatinada para o Superior Tribunal de Justiça, na condição de primeira mulher a ascender à cúpula da magistratura, a então desembargadora da justiça baiana, Eliana Calmon, foi indagada se teria padrinhos políticos. "Se não tivesse não estaria aqui". Quiseram saber quem eram seus padrinhos. A futura ministra do STJ respondeu na lata: "Edison Lobão, Jader Barbalho e Antonio Carlos Magalhães".
Corria o ano de 1999. Os senadores eram os pilares da aliança que havia reeleito o governo Fernando Henrique Cardoso. A futura ministra contou ao repórter Rodrigo Haidar as reações: "Meu irmão disse que pulou da cadeira e nem teve coragem de assistir ao restante da sabatina. Houve quem dissesse que passei um atestado de imbecilidade".
Estava ali a sina da ministra que, doze anos depois, enfrentaria o corporativismo da magistratura."Naquele momento, declarei totalmente minha independência. Eles não poderiam me pedir nada porque eu não poderia atuar em nenhum processo nos quais eles estivessem. Então, paguei a dívida e assumi o cargo sem pecado original."
Eliana Calmon nunca escondeu seus padrinhos




De lá pra cá, Eliana Calmon tem sido de uma franqueza desconcertante sobre os males do Brasil. Muita toga, pouca justiça são.
Num tempo em que muito se fala da judicialização da política, Eliana não perde tempo em discutir a politização do judiciário. É claro que a justiça é política. A questão, levantada pela ministra em seu discurso de posse no CNJ, é saber se está a serviço da cidadania.
A "rebelde que fala", como se denominou numa entrevista, chegou à conclusão de que a melhor maneira de evitar o loteamento de sua toga seria colocando a boca no trombone.
Aos 65 anos, 32 de magistratura, Eliana Calmon já falou sobre quase tudo.
Filhos de ministros que advogam nos tribunais superiores: "Dizem que têm trânsito na Corte e exibem isso a seus clientes. Não há lei que resolva isso. É falta de caráter" (Veja, 28/09/2010).
Corrupção na magistratura: "Começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar um juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas-corpus ou uma sentença. Os que se sujeitam são candidatos naturais a futuras promoções". (Idem)
Morosidade: "Um órgão esfacelado do ponto de vista administrativo, de funcionalidade e eficiência é campo fértil à corrupção. Começa-se a vender facilidades em função das dificuldades. E quem não tem um amigo para fazer um bilhetinho para um juiz?" (O Estado de S. Paulo, 30/09/2010).
Era, portanto, previsível que não enfrentasse calada a reação do Supremo Tribunal Federal à sua dedicação em tempo integral a desencavar o rabo preso da magistratura.
Primeiro mostrou que não devia satisfações aos padrinhos. Recrutou no primeiro escalão da política maranhense alguns dos 40 indiciados da Operação Navalha; determinou o afastamento de um desembargador paraense; e fechou um instituto que, por mais de 20 anos, administrou as finanças da justiça baiana.




No embate mais recente, a ministra foi acusada pelo presidente da Corte, Cezar Peluso, de desacreditar a justiça por ter dito à Associação Paulista de Jornais que havia bandidos escondidos atrás da toga. Na réplica, Eliana Calmon disse que, na verdade, tentava proteger a instituição de uma minoria de bandidos.
Ao postergar o julgamento da ação dos magistrados contra o CNJ, o Supremo pareceu ter-se dado conta de que a ministra, por mais encurralada que esteja por seus pares, não é minoritária na opinião pública.
A última edição da pesquisa nacional que a Fundação Getúlio Vargas divulga periodicamente sobre a confiança na Justiça tira a ministra do isolamento a que Peluso tentou confiná-la com a nota, assinada por 12 dos 15 integrantes do CNJ, que condenou suas declarações.
Na lista das instituições em que a população diz, espontaneamente, mais confiar, o Judiciário está em penúltimo lugar (ver tabela abaixo). Entre aqueles que já usaram a Justiça a confiança é ainda menor.
A mesma pesquisa indica que os entrevistados duvidam da honestidade do Judiciário (64%), o consideram parcial (59%) e incompetente (53%).
O que mais surpreende no índice de confiança da FGV é que o Judiciário tenha ficado abaixo do Congresso, cujo descrédito tem tido a decisiva participação da Corte Suprema - tanto por assumir a função de legislar temas em que julga haver omissão parlamentar, quanto no julgamento de ações de condenação moral do Congresso, como a Lei da Ficha Limpa.
Aliomar Baleeiro, jurista baiano que a ministra gosta de citar, dizia que a Justiça não tem jeito porque "lobo não come lobo". A loba que apareceu no pedaço viu que dificilmente daria conta da matilha sozinha, aí decidiu uivar alto.
Caricatura: João de Deus Netto - Jenipaponews

domingo, 25 de dezembro de 2011

DE REI A RABINO... Deu Zorra na Globo.



O show especial do cantor Roberto Carlos em Jerusalém, exibido pela Rede Globo em setembro, não alavancou a audiência da emissora, como era previsto.
Na oportunidade, a apresentação que substituiu o humorístico “Zorra Total” fez a audiência diminuir em 2 pontos, ou seja, fez cerca de 108,8 mil residências mudarem de canal.
O humorístico costuma dar média de 24 pontos, enquanto Roberto Carlos totalizou 22.
Pra variar, e não deixar de tirar sarro com a cara dos que ainda acreditam na emissora, a Globo justificou que reprisou o espetáculo no lugar de um inédito (?) especial, a pedido do público!
Disseram mais... Escutem só...“Foi a primeira vez, em trinta anos, que a Globo reprisou um show completo do “rei” em seu especial de fim de ano, sem nada inédito (?) ...” Clic!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Serra parte pra briga com amigos no ninho...




O livro "A privataria tucana" aponta um racha no PSDB e relata uma operação de José Serra para espionar Aécio Neves antes das eleições de 2010. Serra só revidou a espionagem de Aécio sobre ele. Enfim, entre tucanos o vale tudo na disputa de qual corrente da Privataria se dará bem na venda do patrimônio público do Brasil.

Foi em Belo Horizonte.

Presentes, o Padim Pade Cerra, o deputado Eduardo Azeredo, pai do mensalão mineiro e primeiro beneficiário do “valeriodantas”, e o deputado federal Rodrigo de Castro, secretário geral do PSDB e homem de confiança de Aécio Never.

Cerra se exalta aos poucos – é o que descreve o passarinho que pousou na janela lá de casa – e, passo a passo, acusa Aécio e o jornal “O Estado de Minas” de destruírem a vida da filha dele, Verônica, sócia da irmã de Daniel Dantas, o banqueiro condenado.

Azeredo e Castro tentam ponderar, mas Cerra se exalta.

Cerra se exalta e passa a se referir a Aécio e ao Estado de Minas de forma deselegante (para dizer pouco).

Azeredo e Castro defendem Aécio e o jornal.

Como se sabe, o livro “A Privataria Tucana” começou com uma denúncia do Aécio ao Estado de Minas: Cerra e seus arapongas liderados pelo Marcelo Itagiba querem me pegar.

O jornal incumbiu o repórter Amaury Ribeiro Junior de ir atrás da denúncia, não a publicou a pedido do Aécio, mas aí nasceu o best seller.

Quanto mais Castro e Azeredo defendiam Aécio e o Estado de Minas, mas o Cerra ficava bravo.

E partiu para cima dos dois.

Ia para o ataque físico, mesmo.

Gênero macho, macho, man, mesmo !

Foi uma confusão.

Tiveram que segurar o Cerra.

Em tempo: Cerra e Aécio não se cumprimentam.


Paulo Henrique Amorim

Caricacharge: João de Deus Netto - jenipaponews

Não dá pra acreditar em Papai Noel do bico grande...



Como se sabe, o livro “A Privataria Tucana” começou com uma denúncia do Aécio Never ao jornal O Estado de Minas. 

O jornal incumbiu o repórter Amaury Ribeiro Junior (também ex-O Globo) de ir atrás da denúncia, não a publicou a pedido do Aécio, mas aí nasceu o best seller que se supera a cada dia em vendas, inclusive nas livrarias virtuais dos jornais que fingiam não saber deste livro bomba que está destruindo o que restou das estruturas do tucanato no Brasil.

Caricacharge: João de Deus Netto - jenipaponews

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O timaço do eu sozinho futebol clube não existe mais...



Assisti a uma mesa redonda na televisão, onde o tema era a decadência do futebol brasileiro, tipo de assunto que empolga todo mundo, infelizmente só quando somos derrotados fragorosamente como o Santos foi derrotado no Japão.

Copa de 50, contra o Uruguai, Copa de 54, contra a Hungria, Copa de 66, contra Portugal, 74 contra a Holanda, 82, contra a Itália, 86, contra a França, 90, contra a Argentina, 98 e 2006, contra a França, ano passado, contra a Holanda. Cada uma dessas derrotas significou uma preocupação muito grande em se entender porque se perdeu porque não se ganhou, quem foi o culpado, e por aí, vai... é um momento único na história do nosso futebol.

Minha porção comentarista de futebol (quem não é, pergunto eu?) diz que o futebol brasileiro jamais conseguirá jogar como jogavam/jogam os holandeses, franceses, alemães e espanhóis, ou seja, baseando sua força nessa coisinha difícil para nós, povinho individualistazinho que só nós mesmos, que é o conjunto, o jogo coletivo.

O Barcelona tem Messi, um craque fenomenal, mas Messi quando perde um gol como perdeu contra o Santos, sai correndo atrás da bola e do jogador adversário que tem a sua posse;  pra mim foi o momento mais significativo, ainda no primeiro tempo, Messi tentando recuperar a bola depois de ter perdido um gol. Ou seja, ele é o maior jogador do mundo, mas não se comporta como se fosse um perna de pau desses que a nosso mídia endeusa hoje e esquece amanhã...

Desde 1938, quando fomos o terceiro colocado, a seleção brasileira vive de Domingos da Guia e de Leônidas da Silva, Ademir Menezes  e Zizinho, Julinho e Didi, Pelé e Garrinhcha, Jairzinho e Rivelino, Zico e Sócrates, Ronaldinhos e Kaká. Conjunto mesmo, nunca deu título nenhum ao Brasil. É cultural, como diz o outro idiota. Nosso jogador é o melhor jogador do mundo, disparado, mas bote esse pra jogar para conjunto que eles não conseguem. O Brasil só ganha e só ganhará por obra e graça desse talento individual.

Vão tentar imitar o estilo do Barcelona, mas não pega...

Zeferino Neto (ZAN)ex-cartola, ex-meio de campo, dramaturgo, blogueiro...
Caricatura/montagem: João de Deus Netto - Jenipaponews

Oscar Niemeyer festeja 104 anos...

Para festejar seus 104 anos no último dia 15 de dezembro, o célebre arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer decidiu fazer o que mais gosta: trabalhar em seu ateliê de janelas amplas diante da praia de Copacabana.

O aniversário coincide com a saída do número 11 da revista "Nosso Caminho", uma publicação trimestral consagrada à arquitetura e às artes em geral, na qual presta homenagem ao poeta, cantor, compositor e pai da Bossa Nova, Vinícius de Moraes, que foi seu amigo próximo, em vida.

A foto da mesquita de Argel, atualmente em construção, um projeto saído da mesa de desenho de Niemeyer, ilustra a capa de "Nosso Caminho", que ele edita com sua esposa Vera Lucia, com quem se casou aos 98 anos.
Embora repita com frequência que "ter mais de 100 anos é uma merda", Niemeyer já recebeu um presente de aniversário: una escultura denominada "Laura", criação do caricaturista Lan e esculpida em bronze pelo artista Marcos André.

Mas Niemeyer também recebeu uma notícia ruim: o fechamento do Complexo Cultural de Avilés na Espanha (foto), inaugurado no ano passado.
A "praça aberta ao mundo" imaginada por Niemeyer fecha suas portas porque o governo de Astúrias acusa os administradores de gastos excessivos.


Admirado pela força de sua criação e longevidade, Niemeyer vai todos os dias a seu ateliê, apesar dos problemas de saúde dos últimos anos: fraturou a pélvis e, no ano passado, foi hospitalizado várias vezes, inclusive por um câncer de cólon.

O arquiteto, um comunista de carteirinha, também encontra tempo para participar das reuniões da revista que criou para "falar com a juventude".
Da revista, escrita em português, espanhol e inglês, faz parte o caderno "Explicação necessária", onde Niemeyer escreve sobre o processo de criação de suas obras.


Museu de Arte Contemporânea (Niteroi,RJ) e Museu Oscar Niemeyer (Curitiba PR).

Nascido no dia 15 de dezembro de 1907 no Rio de Janeiro, o arquiteto concebeu mais de 600 projetos arquitetônicos em todo o mundo. Ainda dirige vários, como a renovação do Sambódromo no Rio de Janeiro, adaptando-o aos Jogos Olímpicos de 2016 na cidade.




Em agosto passado, Niemeyer, que revolucionou a arquitetura moderna com curvas sensuais inspiradas, segundo ele, "no corpo da mulher brasileira", disse à imprensa que ainda há coisas que gostaria de fazer, como um "belo projeto para Copacabana".
"Uma vez me perguntaram o que pensava da vida. Respondi: enquanto houver uma mulher perto, que aconteça o que acontecer!", brincou Niemeyer, também autor da letra do samba "Tranquilo com a vida", uma canção otimista sobre um morador de uma favela que tem a esperança de um futuro mais justo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Por que a imprensa fingia que não via PRIVATARIA TUCANA

(CLIQUE E AMPLIE AS CAPAS)

AOS QUE DIZEM QUE É PRECISO IGNORAR O LIVRO PORQUE O AUTOR FOI ACUSADO DISSO OU DAQUILO, BASTA LEMBRAR DE UM QUE FOI ESCRITO POR PEDRO COLLOR DE MELLO E, VEJAM SÓ, com a JORNALISTA DORA KRAMER

 15 de Dezembro de 2011 às 14:29

Mário Marona

 Os jornalistas sabem que, mesmo sendo meio falastrão e parecendo um tanto estabanado, Amaury é um grande repórter, é honesto e não está mentindo ou, para ser mais isento, pelo menos acredita que está contando a verdade. Sabem, por fim, que a origem desta história que resultou num livro está na reação de Aécio Neves a uma ação mafiosa típica dos serristas.
Por que, então, os colunistas, editores e jornalistas da maioria dos grandes veículos fingem ignorar o livro?
Porque obedecem à linha editorial dos jornais e das emissoras em que trabalham. Obedecem, agora, e sempre obedeceram. [E aqui, em nome da isenção, acrescento a parte que me toca: eu mesmo, quando trabalhei nas grandes redações, me sujeitei às linhas editoriais dos veículos e se eventualmente me insurgia internamente contra elas, tentando modificá-las, nunca deixei de segui-las disciplinadamente, uma vez derrotado em minhas posições. Ou pedia o meu boné.]
O que mudou, então? Por que os jornalistas se vêem obrigados a depreciar publicamente um colega de profissão, como o Amaury, com quem, aliás, muitos deles conviveram amistosamente? E por que estamos vendo jornalistas importantes entrando em guerra com seus leitores por causa de um livro que, se pudessem, tratariam como notícia ou comentariam?
Arrisco uma resposta: porque hoje os leitores pisam nos calos destes jornalistas, o que há uma década atrás – ou menos - não acontecia.
No meu tempo, e vale dizer também no tempo do Noblat, da Dora, da Eliane, do Merval, o leitor não existia como figura real. Era um anônimo, mal representado, diariamente, em uma dúzia de cartas previamente selecionadas para publicação e devidamente “corrigidas” em seus excessos de linguagem. Tem gente que não lembra, porque começou a ler jornal depois, mas naquele tempo nem e-mail existia, exceto, talvez, como forma de comunicação interna das empresas.

Noblat, Dora, Merval, Eliane [e eu] escreviam, editavam e publicavam o que queriam, desde que não contrariassem os acionistas, representados pelos diretores de redação. Por acaso, dois dos citados foram diretores de redação e eu fui editor-chefe adjunto no Globo e editor-chefe do JN. Não eram – não éramos - contestados por ninguém. Quem não gostasse que se queixasse ao bispo, ao editor de cartas - por carta, claro - ou então que suspendesse a assinatura ou mudasse de canal.
Publicavam o que queriam, autorizados pelos donos, e continuam agindo da mesma maneira, mas hoje são imediatamente incomodados, cobrados, questionados, xingados pelos leitores, por e-mail, em blogs, por tuites e por caneladas no Facebook.
Fazem a mesma coisa – obedecer à linha dos seus jornais – só que agora têm que dar explicações a um grupo crescente de chatos, nem sempre bem educados, e não podem botar a culpa no patrão. Não podem dizer no twitter: “Olha, gente, eu não vou escrever sobre o livro do Amaury porque o meu jornal decidiu ignorá-lo, pelo menos por enquanto”.

Mas aos que alegam que é preciso ignorar o livro do Amaury porque ele foi acusado disso ou daquilo e não seria um autor confiável, responde com uma experiência pessoal. Editor do Globo em 1992, uma noite recebeu na redação o livro “Passando a limpo, a Trajetória de um Farsante”, de autoria de Pedro Collor de Mello e, vejam só, da Dora Kramer! O livro trazia acusações tão pesadas contra Fernando Collor que, em alguns casos, a prova dependeria de exame de corpo de delito. O editor teve que ler o livro em duas horas, para escrever uma resenha rápida, que seria publicada na edição do dia seguinte.
Naquela época, no Globo e, creio, nos demais jornais, não era possível ignorar uma peça de acusação tão enfática, ainda que desprovida de provas. Nem era possível guardar para ler depois. E pouco importava se a origem das acusações de Pedro contra Fernando era uma briga entre irmãos envolvendo até mulher. Era notícia, e pronto.
Artes das Capas: João de Deus Netto - JenipapoNews



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Privata do Caribe...



Simpatia como arma. Ninguém deve imaginar Verônica parecida com o pai sisudo. Ela fala pelos cotovelos, sorri muito, usa a simpatia como arma. Nem é menina rica matando o tempo enquanto alguém toca o negócio. Dá expedientes de 11 horas, viaja até três vezes por mês ao exterior e despacha e-mails às três da madrugada. Nos finais de semana, para desgosto do marido, carrega o lap-top para casa. “Não acho que meu ritmo seja normal, mas eu adoro o que faço”, explica-se, sorrindo.

Se houvesse o Prêmio Nobel de tráfico de influência, haveria luta tremenda entre, Verônica Serra e Verônica Dantas, uma filha de Serra, a outra filha do banqueiro Daniel Dantas. Nenhuma coincidência, mas a constatação: são do outro lado.  A filha de Serra, tão elogiada, decantada de todas as formas, tinha uma empresa, que quebrou o sigilo de 60 milhões de brasileiros. (revista Carta Capital), que até hoje não recebeu nenhum desmentido).  Ela tem 41 anos e diz que já ganhou na rede mais dinheiro do que sonhava ganhar a vida inteira. Pra quem não sabe ela é uma das donas do Site de compras e vendas Mercado Livre. Por que e para quê as duas Verônicas precisavam saber os dados bancários de 60 milhões de pessoas? E mais: como a “empresária” filha de Serra ficou tão indignada com as acusações? Se antes já manipulara detalhes sigilosos de brasileiros, por que se julgava injuriada?  E o presidenciável Serra, que tanto defende a filha, não sabia de nada, como falavam sobre Lula?   E um pai tão cauteloso, previdente e autoritário, como Serra, se transforma em complacente, deixando que a própria filha seja sócia de uma filha de Daniel Dantas? Isso foi há muito tempo, o fato era tão notório, que provocava até a intervenção do presidente da Câmara, então Michel Temer.  Só que existe outra versão: quando soube da sociedade de sua filha, o mafioso banqueiro Daniel Dantas advertiu sua filha: 

“Cuidado, ela é filha do Serra”.

Caricatura: João de Deus Netto - JenipapoNews

Fontes:

VERÔNICA SERRA – Doutorado em Harvad a serviço do mal:

VERÔNICA SÓCIA DA FILHA DO BANQUEIRO DANIEL DANTAS EM PARAÍSO FISCAL DOCARIBE

VERÔNICA SERRA DONA DO SITE MERCADO LIVRE  http://people.forbes.com/profile/veronica-allende-serra/52688

AS TRAPAÇAS DO SITE DA FILHA DO SERRA

Então, é Natal...! "Privataria" lembrou Panetone do sócio em Brasília...



Chegou o presente de Natal que a tucanada mais temia.

A CartaCapital  traz na capa o livro  que há mais de um ano vem fazendo os mais ilustres tucanos roerem as bem tratadas unhas.

A Privataria Tucana, a reportagem de Amaury Ribeiro que se transformou, ela própria, em notícia, vai aos porões dos anos infames do Governo FHC, onde o patrimônio do povo brasileiro migrou para mãos privadas, deixando grossos pingos de sujeira que a nossa zelosa imprensa nunca quis ver.

LIVRO “A PRIVATARIA TUCANA” NASCEU DO PEDIDO DE AÉCIO NEVES PARA QUE O JORNAL ESTADO DE MINAS INVESTIGASSE O RIVAL JOSÉ SERRA; ESCRITO PELO JORNALISTA INVESTIGATIVO AMAURY RIBEIRO JÚNIOR, O LIVRO TRAZ REVELAÇÕES IMPORTANTES SOBRE COMO O EX-GOVERNADOR PAULISTA, SEUS OPERADORES, SEU GENRO E ATÉ SUA PRÓPRIA FILHA ENRIQUECERAM COM A VENDA DE ESTATAIS

Derrotado na disputa à Presidência da República, José Serra gastou boa parte da campanha eleitoral de 2010 resmungando contra “espiões” que estariam bisbilhotando a vida de sua filha Verônica. A imprensa do PIG fez estardalhaço.
Na verdade, o então governador paulista contratou, sem licitação, por meio da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), a empresa Fence Consultoria Empresarial. A Fence é propriedade do EX-AGENTE DO SNI - Serviço Nacional de Informações (SNI), o legendário coronel reformado do Exército Ênio Gomes Fontelle, 73 anos, conhecido na comunidade de informações como “Doutor Escuta”.
A empresa do “Doutor Escuta” foi contratada por R$ 858 MIL POR ANO  “mais extras emergenciais” — pagos pelo contribuinte — no dia 10 de julho de 2008. Vale lembrar que nessa época a vida particular do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves estava sendo espreitada por arapongas no Rio de Janeiro, onde a Fence está sediada. Talvez isso explique por que a Prodesp tenha invocado “inelegibilidade” para contratar a empresa do araponga sem licitação.


Leia mais sobre Privataria Tucana

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