O português José de Sousa nasceu em 16 de novembro de 1922, na pequena aldeia portuguesa de Azinhaga, no Ribatejo, região central do país. Ficou mais conhecido, no entanto, pelo sobrenome de sua família paterna, Saramago, que o funcionário do Registro Civil acrescentou após seu nascimento.
E vamos ao humor do Saramago:
“Os sismógrafos não escolhem os terremotos, reagem aos que vão ocorrendo, e o blog é isso, um sismógrafo”.
"A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste."
"A propósito, não resistiremos a recordar que a morte, por si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem".
“Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar”.
“Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro”.
"Que
Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual".
“É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido”.
“A Igreja não se importa com o destino das almas e sempre buscou o controle de seus corpos”.
“Somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não”.
”O talento ou acaso não escolhem, para manifestar-se, nem dias nem lugares”.
“É preciso variar, se não tivermos cuidado a vida torna-se rapidamente previsível, monótona, uma seca”.
"As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só tem interesse no poder".
"Eu, no fundo, não invento nada. Sou apenas alguém que se limita a levantar uma pedra e a pôr à vista o que está por baixo. Não é minha culpa se de vez em quando me saem monstros".
"Estamos usando nosso cérebro de maneira excessivamente disciplinada, pensando só o que é preciso pensar, o que se nos permite pensar".
"Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida".
"Por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o mais horrendo e cruel".
"O universo não tem notícia da nossa existência".
"Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe".
"Duas fraquezas não fazem uma fraqueza maior, fazem uma força nova".
"Ainda que te possa parecer estranha a comparação, os gestos, para mim, são mais do que gestos, são como desenhos feitos pelo corpo de um no corpo de outro".
"Cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança".
"Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos, façamos tudo para não viver inteiramente como animais".
"É o que as palavras simples têm de simpático, não sabem enganar".
"Talvez as lágrimas não sejam mais do que isso, o alívio de uma ofensa".
"As religiões, todas elas, por mais voltas que lhes dermos, não têm outra justificação para existir que não seja a morte, precisam dela como do pão para a boca".
"Com as palavras todo cuidado é pouco, mudam de opinião como as pessoas".
"Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que nos tomam a nós".